
Viajar entre Santiago, Chile, e Houston, nos Estados Unidos, a bordo da United Airlines Polaris Business Class, foi uma experiência que combinou conforto e algumas surpresas, positivas e negativas, típicas de uma longa viagem internacional em um Boeing 767 mais antigo. Este review detalha toda a experiência, desde o lounge no aeroporto de Santiago até a chegada em Houston, incluindo informações sobre emissão e custo da passagem.
Acesso ao lounge VIP e expectativas de Classe Executiva
Antes do embarque, aproveitei o LATAM VIP Lounge em Santiago, recentemente remodelado. O espaço impressiona pelo design moderno, áreas de descanso, e uma variedade de opções de alimentação e bebidas. Para passageiros da Polaris, o lounge é um refúgio silencioso que oferece um bom pré-voo. No entanto, um ponto de atenção é a ausência de fast-track na segurança, o que gerou filas mais longas que o esperado para quem viaja em classe executiva. Esse detalhe mostra que mesmo em parcerias de companhias aéreas, os serviços de solo nem sempre acompanham a experiência premium a bordo.
Emissão da passagem: antigo Tudo Azul (Interline)
A emissão desse voo exigiu atenção especial. Na época, consegui o trecho de Santiago para Houston em classe executiva usando o antigo programa Tudo Azul (hoje chamado Azul Fidelidade), através do resgate no antigo Interline (atualmente Azul Pelo Mundo). Foram necessários 88.000 pontos por trecho, o que, considerando o baixo custo que consegui gerar esses pontos, equivalia a aproximadamente R$ 1.500 por trecho – uma das emissões mais econômicas em classe executiva que já realizei.
Para garantir a tarifa, busquei disponibilidade diretamente nos sites de empresas da Star Alliance e parceiras da United, encontrando assentos na categoria “I” (India), que permite o resgate de pontos acumulados nos programa parceiros, como o da Azul. Essa estratégia evidencia a importância de pesquisar a disponibilidade em múltiplos sistemas e aproveitar oportunidades de transferência de pontos de forma planejada.
A experiência a bordo do Boeing 767

O voo foi operado por um Boeing 767 com 32 anos de operação, configurado em layout 1-1-1, garantindo acesso direto ao corredor para todos os passageiros. O assento da Polaris é confortável, permite reclinar totalmente, e oferece espaço suficiente para descansar e trabalhar durante o trajeto. A cabine dispõe de amenidades como toalhas quentes e travesseiros que contribuem para o conforto, especialmente em voos longos.
Serviço de Bordo e Catering
O serviço de refeição começou com uma entrada de salada com camarão, seguida pelo prato principal de peito de frango com vegetais e purê. Infelizmente, a qualidade do prato principal deixou a desejar, com a carne apresentando textura dura, pouco sabor e preparo aquém do esperado para uma classe executiva. O ponto positivo ficou para as sobremesas, incluindo uma tábua de queijos e o clássico sorvete coberto com chocolate americano, que foram mais bem avaliados.

A seleção de bebidas merece destaque. Uma carta de vinhos bem curada, incluindo rótulos franceses e internacionais, elevou a experiência e contribuiu para a percepção de qualidade do serviço. O atendimento da tripulação foi atencioso, mas o serviço de catering inconsistente mostra que, mesmo em uma classe premium, detalhes como sabor e preparo das refeições ainda impactam significativamente a experiência do passageiro.
Café da Manhã e Aproximação para Houston
Antes da chegada, foi servido o café da manhã, que incluiu frutas frescas, pães, iogurte e uma omelete com linguiça e vegetais. Embora simples, o serviço foi eficiente e bem executado, reforçando a ideia de que a atenção aos detalhes faz diferença no final de um voo internacional.
A aproximação para Houston foi tranquila, encerrando a viagem com conforto e segurança. Essa experiência evidencia como a Polaris consegue equilibrar conforto, privacidade e serviço, mesmo em aeronaves mais antigas, mas ainda deixa espaço para melhorias, especialmente no quesito catering.
Reflexão Final
Este voo entre Santiago e Houston com a United Airlines mostra a importância de analisar cada aspecto de um voo internacional em classe executiva. Desde o lounge no aeroporto, passando pela estratégia de emissão de pontos, até o serviço e conforto a bordo, cada detalhe conta para a experiência final. Apesar das limitações no prato principal e na segurança em terra, o voo se manteve agradável graças ao conforto do assento, às amenidades e à excelente seleção de bebidas.
Para passageiros que buscam maximizar valor e conforto usando pontos, este voo é um excelente exemplo de como planejamento e pesquisa podem transformar resgates de milhas em experiências premium com custo-benefício excepcional.
Você pode ver todos os detalhes deste voo, acessando o meu canal do Youtube, clicando diretamente neste link.

