
Um período que combina crescimento, eficiência e avanço estratégico
A Azul encerrou o terceiro trimestre de 2025 com um resultado que redefine o momento da companhia. Em meio ao processo de reestruturação, a empresa conseguiu unir três pilares raros na aviação: demanda sólida, eficiência operacional e aceleração das suas unidades de negócios. O trimestre mostrou uma Azul organizada, com estratégia clara e capacidade de execução acima da média.
EBITDA recorde reforça a recuperação da companhia
O ponto mais forte do período foi o EBITDA de R$ 2 bilhões. O número representa um avanço superior a 20% frente ao terceiro trimestre de 2024 e confirma uma margem de 34,6%. Esse resultado mostra uma companhia com controle mais firme de custos, maior disciplina financeira e capacidade de gerar caixa mesmo em um cenário desafiador.
Esse movimento não é trivial. O recorde chega exatamente no momento mais sensível da transformação da Azul. Para uma empresa em processo de reestruturação, entregar crescimento expressivo de EBITDA é sinal de solidez operacional e maturidade na gestão.
Receita operacional cresce para R$ 5,7 bilhões
Entre julho e setembro, a Azul registrou R$ 5,7 bilhões em receita operacional. O aumento de 11,8% sobre o ano anterior é resultado direto de decisões estratégicas bem executadas: otimização de malha, oferta ajustada à demanda e integração mais eficiente entre as frentes de negócio.
A demanda também respondeu. O volume de passageiros cresceu 9,7%, enquanto os índices de ocupação alcançaram 84,3% no doméstico e 85,4% no internacional. Esses números mostram que a empresa preservou competitividade em mercados-chave, mesmo com ajustes estruturais em andamento.
Unidades de negócios ganham protagonismo e sustentam o crescimento
A diversificação de receita da Azul voltou a mostrar sua força. O Azul Fidelidade superou 20 milhões de membros e já representa 15,6% do RASK. A evolução confirma o papel estratégico do programa na rentabilidade comercial da empresa.
A Azul Viagens também avançou. A unidade registrou crescimento de 29,5% na receita voada, sustentada por maior dedicação de frota e expansão da oferta de voos para destinos de lazer — um segmento que segue aquecido no Brasil.
Na logística, a Azul Cargo manteve a trajetória positiva. A receita aumentou 16,5%, enquanto o EBITDA subiu 24,1%, consolidando a divisão como uma das frentes mais consistentes da companhia.
Reestruturação avança e prepara a Azul para a próxima fase
Além dos números operacionais, o trimestre marcou um avanço importante na reestruturação financeira. A Azul chegou a um acordo global com o Comitê de Credores Não Garantidos (UCC), permitindo a aprovação judicial da versão revisada do Chapter 11 e a abertura do processo de votação pelos credores.
Essa etapa coloca a empresa em uma posição mais estável para concluir o plano. Segundo o CEO John Rodgerson, os avanços recentes criam as bases para uma Azul mais eficiente, resiliente e preparada para competir em um setor de alta pressão.
Conclusão
O terceiro trimestre de 2025 consolida uma virada importante. A companhia entrega desempenho financeiro recorde, melhora a eficiência operacional e amplia a relevância de suas unidades de negócios. Ao mesmo tempo, avança em pontos-chave da reestruturação.
A Azul sai deste trimestre com uma mensagem clara para o mercado: está construindo uma estrutura financeira mais sólida, uma malha mais inteligente e uma operação mais integrada. Em um setor marcado por volatilidade, poucos movimentos têm tanta importância quanto este.

