
Qatar Airways muda regras para marcação de assento com Avios
A Qatar Airways implementou uma nova política de marcação de assento para bilhetes emitidos com Avios, o sistema de pontos do Privilege Club.
Desde 3 de novembro, passageiros que resgatarem voos na Classe Executiva ou fizerem upgrade com Avios passam a pagar uma taxa para escolher o assento antecipadamente.
Antes, a seleção era gratuita no momento da emissão. Agora, só será sem custo durante o check-in online ou no aeroporto, sujeito à disponibilidade.
Como funciona a nova cobrança
A taxa aplicada varia conforme a rota, tipo de assento e status do cliente no programa de fidelidade. De acordo com o atendimento da companhia:
- Membros Burgundy têm 10% de desconto na taxa;
- Membros Silver recebem 20% de redução;
- Clientes Gold e Platinum, ou quem possui status Sapphire e Emerald na oneworld, continuam isentos da cobrança.
Essa diferenciação reforça o valor do status elite dentro do Privilege Club, mas reduz o benefício para quem costuma emitir voos com Avios sem pertencer a uma categoria superior.
Impacto para quem resgata passagens com Avios
A mudança afeta diretamente passageiros que utilizam milhas para voar na Classe Executiva, especialmente pela ausência de aviso prévio. Muitos viajantes que acumulam Avios — tanto na Qatar Airways quanto em programas parceiros, como British Airways Executive Club — foram pegos de surpresa com a nova regra.
Em bilhetes pagos, a cobrança pela escolha de assento já existia em algumas tarifas promocionais, mas agora o custo se estende também às emissões prêmio.
Tendência que se espalha no mercado
Apesar da repercussão negativa, a medida segue uma tendência global. Companhias como British Airways, Air France e KLM já adotam políticas parecidas em suas classes premium, restringindo a marcação gratuita de assentos apenas a clientes elite ou tarifas mais caras.
O objetivo é claro: aumentar a monetização de serviços acessórios, mantendo ao mesmo tempo o status como diferencial competitivo.
Enquanto o mundo cobra, o Brasil tenta regular o que não entende
Enquanto companhias aéreas internacionais aprimoram seus modelos de negócio cobrando por serviços específicos — como a marcação antecipada de assento na Qatar Airways — o Congresso Nacional brasileiro insiste em seguir o caminho oposto. Em vez de compreender o funcionamento do setor aéreo global, tenta intervir e regular um mercado que depende de liberdade comercial e eficiência para sobreviver.
Essas propostas legislativas mostram um profundo desconhecimento sobre o que é a aviação moderna. Qualquer tentativa de controlar preços, restringir cobranças ou limitar políticas comerciais apenas aumenta o custo das operações, reduz a competitividade e, no fim, torna as passagens mais caras e menos acessíveis.
Enquanto o mundo busca sustentabilidade financeira e inovação, o Brasil segue preso a discursos populistas que travam o desenvolvimento do setor aéreo e prejudicam exatamente quem mais deveria se beneficiar dele: o passageiro.
Conclusão
A cobrança antecipada pela marcação de assento na Classe Executiva reforça uma mudança de mentalidade no setor aéreo premium. Mesmo companhias conhecidas pelo serviço de alto padrão, como a Qatar Airways, buscam equilibrar custos operacionais e fidelização por meio de políticas segmentadas.
Para o passageiro, a lição é clara: acompanhar as atualizações do programa Privilege Club e revisar as condições antes de cada resgate. Em um cenário de benefícios cada vez mais fragmentados, informação e planejamento continuam sendo os melhores aliados do viajante frequente.

