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Regulamentações aéreas sobre power banks: o que muda no Brasil, EUA, Europa e com a Emirates

Novas normas para transporte e uso de power banks em aviões ganham destaque com incidentes de fogo em baterias. Saiba como diferentes regiões estão lidando com isso e o que motivou a decisão recente da Emirates.

O que você verá neste artigo

Há pouco, um vídeo-referência mostrou como um caso de fogo em power bank num voo levou à destruição de um avião — na verdade, o incidente envolveu uma aeronave da Air Busan, não da Korean Air. Esse evento chamou atenção global aos riscos das baterias de lítio em vôo. Com outros casos semelhantes ocorrendo na China, empresas e autoridades começaram a rever suas normas.


Como funcionam os limites de bateria

Um fator de confusão comum: fabricantes usualmente informam a capacidade da bateria em mAh, enquanto autoridades reguladoras usam Wh (watt-hora). Por exemplo, 100 Wh equivale aproximadamente a 27.000 mAh (a 3,7 V). As regras internacionais costumam proibir power banks acima de 160 Wh, ou limitar quantidades por passageiro, para reduzir riscos.


Diferenças regionais nas regras

Na Ásia, muitos países já proibiram transporte, uso ou recarga de power banks em voo, mesmo de capacidades moderadas. Em contrapartida, Estados Unidos e Europa adotam uma postura mais permissiva: permitem transportar e usar power banks — respeitando os limites — mas impõem restrições em recarga durante o voo. No Brasil, ainda é permitido usar e carregar power banks a bordo, mas as autoridades monitoram com atenção.


Suspensão da Emirates: notícia nova

Desde ontem, a Emirates anunciou que suspende o uso de carregadores portáteis a bordo. Essa decisão surge em meio ao contexto global de reforço em segurança. Ou seja, mesmo companhias reputadas estão adotando medidas mais rígidas para prevenir incidentes com baterias. A suspensão significa que, nos voos da Emirates, os passageiros não poderão usar power banks para recarregar dispositivos durante o voo — ainda que possam transportá-los seguindo as regras vigentes.

Essa postura reforça uma tendência: companhias aéreas estão cada vez mais cautelosas em permitir que passageiros recarreguem eletrônicos com power banks dentro da cabine, pois a recarga ativa representa risco adicional de superaquecimento e ignição.


O que isso representa para quem viaja

Para o passageiro comum, essas mudanças exigem atenção redobrada. O ponto central é entender quais power banks são permitidos em alguns aviões:

  • Até 100 Wh (cerca de 27.000 mAh em 3,7 V): permitidos costuma não ter restrição, o passageiro pode levar normalmente em sua bagagem de mão.
  • Entre 100 Wh e 160 Wh (aproximadamente de 27.000 mAh a 43.000 mAh): ainda são aceitos, mas dependem de autorização prévia da companhia aérea. Em geral, cada passageiro pode levar até duas unidades dentro dessa faixa.
  • Acima de 160 Wh (mais de 43.000 mAh): são proibidos em voos comerciais, tanto em bagagem de mão quanto despachada.

Vale lembrar que alguns fabricantes só indicam a capacidade em mAh. Para converter em Wh, basta usar a fórmula:
Wh = (mAh ÷ 1.000) × Voltagem (geralmente 3,7 V).

Ou seja:

  • 10.000 mAh ≈ 37 Wh (permitido sem restrição)
  • 20.000 mAh ≈ 74 Wh (permitido sem restrição)
  • 30.000 mAh ≈ 111 Wh (necessita autorização da companhia)

Além disso, é importante verificar se a companhia aérea permite o uso e a recarga durante o voo. A Emirates, por exemplo, anunciou a suspensão do uso de power banks a bordo, mesmo para modelos dentro das faixas permitidas.

Manter o power bank sempre na bagagem de mão, jamais despachado, para que, em caso de falha, seja mais fácil detectar fumaça ou calor anormal.


Quais companhias já proibiram o uso de power banks?

Com os incidentes recentes envolvendo baterias de lítio, várias companhias aéreas passaram a adotar regras mais duras sobre os power banks. Algumas apenas limitam onde eles podem ser guardados, enquanto outras já proibiram totalmente o uso durante o voo.

  • Emirates: desde outubro de 2025, não permite mais usar power banks a bordo. É obrigatório levar apenas na bagagem de mão, de preferência no bolso ou embaixo do assento, nunca no compartimento superior.
  • Singapore Airlines e Thai Airways: também proibiram o uso e o carregamento de power banks durante os voos em 2025.
  • Air Busan: foi a primeira a endurecer regras após um incidente que destruiu um Airbus A321, proibindo power banks na bagagem de mão e nos compartimentos superiores. Outras aéreas da Coreia do Sul seguiram a mesma linha.
  • EVA Air e China Airlines: proibiram o uso de carregadores portáteis a bordo em março de 2025.
  • Companhias dos EUA (Delta, JetBlue, Hawaiian, United): não proibiram oficialmente, mas reforçaram regras: transportar sempre na bagagem de mão e nunca em malas despachadas. No caso da United, ainda há proibição de baterias em smart bags.

Em resumo: cada vez mais companhias estão adotando regras rígidas para reduzir riscos em voo, e a tendência é que novas restrições continuem surgindo nos próximos meses.


Conclusão: adaptando-se para viajar com segurança

As novas restrições sobre power banks refletem um ajuste natural nas normas de aviação, motivado por incidentes reais. A suspensão do uso de carregadores portáteis a bordo pela Emirates mostra que até empresas líderes estão repensando permissões que antes pareciam triviais.

Para você, que viaja sempre com celular, tablet ou notebook, a melhor estratégia é: verifique a capacidade do seu power bank, acompanhe as regras da companhia aérea para o voo específico, e evite contar com recargas via power bank quando estiver abordo. Melhor prevenir do que enfrentar imprevistos no meio do céu.

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Tico Brazileiro

Tico Brazileiro é especialista em aviação, programas de fidelidade e viagens, compartilhando dicas estratégicas sobre milhas, upgrades e experiências de voo. Influenciador, conecto apaixonados por viagens a conteúdo exclusivo e relevante, ajudando a transformar cada viagem em uma experiência única. Já viajei em mais de 100 classes executivas e primeiras classes.
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